Estreou dia 4 deste mês, nas salas portuguesas 'Amália, o Filme', que conta a vida da fadista, com ênfase nos seus amores e nas várias tentativas de suicídio, faz uma passagem pelos momentos mais marcantes de Amália desde a sua juventude até aos 64 anos.
Carlos Coelho da Silva, que fez 'O Crime do Padre Amaro', é o realizador.
Mas a verdadeira estrela é a actriz-revelação Sandra Barata Belo, que teve a difícil tarefa de representar a fadista. As vagas semelhanças físicas de Sandra com Amália são potenciadas pela maquilhagem e pelo guarda-roupa perfeitos, mas sobretudo porque conforme disse, trabalhou muito todos os pormenores - desde a maneira de andar, à postura quando canta ou quando segura o cigarro, ao maxilar que treme durante os fados e à voz que, mesmo quando só fala, é a voz de Amália.
A actriz teve aulas de canto e dicção, falou com algumas pessoas que conheceram Amália e tentou saber tudo o que havia para saber sobre a personagem. Há também a parte dos “playbacks”, que exigiram muito empenho de Sandra, pois trata-se de uma cantora que é um ícone nacional.
Este filme esteve envolto em grande polémica. A família da fadista, alegou que a obra “não retrata com verdade nem a personalidade de Amália, nem a personalidade dos seus familiares, nem tão pouco as suas vidas” e que “deturpa grosseiramente a realidade” , e por isso houve uma tentativa de impedir a realização e estreia da obra, através de uma providência cautelar à qual o tribunal acabou por dar parecer negativo.
